DURANTE O CASAMENTO - Regra No 1 – Não misture investimentos com casamento

Entenda uma coisa: você se casou ou vai se casar por amor, por tesão ou por inércia, ou seja, já está namorando há tanto tempo que achou que não tem outra coisa mais honrosa a fazer senão se casar. Sua mulher se casou ou vai se casar por amor – temos que admitir que essa hipótese pode ser verdadeira, ainda que nunca aconteça isoladamente – mas é muito mais provável que ela o faça por interesse.

A crueza deste diagnóstico generalista e injusto com algumas poucas mulheres pode causar espanto a princípio. Mas é um diagnóstico que visa protegê-lo. Imagine: se no seu caso, meu diagnóstico estiver errado, você não tem absoutamente nada a perder ao seguir as minhas recomendações. Pelo contrário, terá uma mulher companheira que o ama e fará de tudo para lhe agradar além de preservar um bom patrimônio para sua família. Mas, se do contrário, o meu diagnóstico estiver correto, você vai perder muito dinheiro lá na frente se não seguir o que estou falando.

Se alguma mulher tentar ler este livro certamente pensará que sou um retrógrado machista. Mas não se trata disso. Vivo muito bem com minha esposa atual e somos muito românticos. Mas este livro tem um propósito claro e honesto de proteger a classe masculina das vigaristas que existem por aí. E isso, qualquer mulher sabe que existe. Ou não sabe? Não se faça de cínica, se você, mulher está lendo isso, deve concordar que as vigaristas existem e não são poucas.

Então voltando, parto do princípio de que mulheres casam por algo mais que amor. casam para ter segurança. A segurança de ter um homem a seu lado para enfrentar as dificuldades do mundo que são cada vez maiores. Por exemplo, mulheres querem a segurança de ter um homem para levar o carro ao mecânico, situação em que se sentiriam presas facilmente enganáveis. Mas as mulheres também querem ter o orgulho de preencher uma ficha de cadastro e escrever Sra. Fulano de Tal, condição civil: casada. Uma simples terminologia traz tanta realização pessoal porque representa a segurança. Até aí, nada de errado. Acho que cada um no casal tem sua dose de contribuição. Se a nossa for dar segurança, tudo bem.

O problema são as que confundem e aproveitam o casamento para garantir a própria segurança no futuro, a partir da construção de um patrimônio financeiro. Isso extrapola o lado lúdico da segurança de estar ao lado do marido e se torna material e mensurável. É como fazer do casamento um plano de previdência. Essas mulheres vão aproveitar cada oportunidade do casamento para garantir um patrimônio para o futuro, caso o casamento não dê certo.

Existe uma certa lógica por trás disso. Se o casamento for por água abaixo, além de se sentirem desamparadas diante da sociedade, as mulheres enfrentam mais dificuldades para ser auto-suficientes financeiramente. O resultado é o seguinte: enquanto nós estamos preocupados com nosso trabalho e em como melhorar nossa renda, elas estão planejando o que vão fazer com a renda que nós ganhamos para que elas se garantam no futuro.

Portanto, muita cautela com o assunto finanças em casa. Listo abaixo algumas recomendações que certamente são praticamente impossíveis de serem seguidas a risca, mas quanto mais você conseguir se aproximar delas melhor.

1) Não revele o seu salário nem deixe que ela veja seu contra-cheque:
se a sua mulher sabe o quanto você ganha, ficará mais fácil para ela brigar por uma pensão mais alta quando vocês se separarem.

2) Não abra uma conta conjunta:
contas-conjuntas são sacos sem fundo. Você perderá o controle do seu dinheiro. Jamais admita isso. Se a sua mulher ganha tão bem quanto você ou melhor, ainda assim você deve seguir este conselho. Não dê chance para o azar. Um cartão de débito na mão de uma mulher e um shopping center são um rombo no orçamento.

3) Não a coloque como dependente no cartão de crédito:
tem o mesmo efeito de uma conta conjunta com o agravante de que ela nem sente que está gastando dinheiro. Lembre-se daquela velha piada: a mulher teve seu cartão roubado e o marido simplesmente não cancelou o cartão porque o ladrão estava gastando menos do que ela.
Mesmo que você coloque um limite para o cartão dela, estará criando um hábito perigosíssimo.

4) Separe as contas:
Se a sua mulher tem uma fonte de renda, e deveria ter, separe bem quem paga o quê. Se você tiver que arcar com a maior parte, não tem problema. O importante é deixar claro que as responsabilidades são dos dois.

5) Não compre imóveis:
Imóveis podem ser um ótimo investimento para quem é solteiro. Para que é casado são uma péssima opção. O imóvel é facilmente rastreável e penhorável. No caso de uma separação ela levará a metade sem a menor dificuldade. E se você for dono somente do imóvel onde vocês moram, provavelmente vai perdê-lo para sempre numa separação. A tendência é que a mulher fique morando no apartamento com os filhos e nunca mais você vai conseguir tirá-la de lá. More de aluguel e procure investimentos de maior liquidez em que você possa esconder o dinheiro ao menor sinal de uma crise conjugal.
Se tiver que comprar algum imóvel, compre antes de se casar e deixe bem claro no seu contrato de núpcias que este bem já era seu. Certifique-se de que o imóvel já esteja quitado antes do casamento.

6) Não faça um seguro de vida em nome dela:
Em tempos de céu azul, tudo é lindo e você pode querer proteger sua mulher de algum sinistro. Mas, quando o tempo fecha, cuidado para você não aparecer morto em algum lugar como se fosse um acidente. Em vez disso, faça uma aplicação em algum banco, em fundo de ações ou qualquer outra opção que não chame a atenção. Se algo ruim acontecer a você enquanto seu casamento ainda estiver um mar de rosas, a sua viúva poderá receber uma boa grana do mesmo jeito.

7) Tenha dois carros:
Prefira dois carros médios a um carro muito caro. Se houver alguma separação, cada um fica com um e pronto.

8) Guarde as notas fiscais de tudo o que comprar
Numa separação nunca se sabe o valor dos equipamentos e utensílios do que se tem dentro de casa. A tendência é que a mulher desvalorize tudo para poder ficar com mais coisas na partilha. Guarde as notas fiscais para poder comprovar o valor de cada coisa e para que a partilha possa ser mais rápida e menos dolorosa para o seu bolso.

Repare aqui que não levei em consideração o fato de que sua mulher pode ser bem mais rica que você. Pode ganhar bem melhor e pode nem estar preocupada com segurança financeira. Ainda assim, os hábitos acima são hábitos saudáveis que podem evitar muita confusão. Uma mulher magoada sabe onde pode prejudicar o marido. E mesmo rica, pode querer ir atrás de suas coisas só para que você sofra.